Com
aparentemente a rotina comum de uma quinta-feira, logo após emergir do poderoso
efeito de morfeu, há prova pela manhã. Se bem me lembro do dia em questão,
arrisco dizer que não havia estudado para a avaliação de matemática.
Nunca tive
problemas com números, portanto, não me desesperei, e estou absolutamente certa
em dizer que não fui mal ao solucionar todas as questões propostas. E, após ter
passado todas as respostas à caneta, abandonei o “polo nortencedor” da sala.
Desci cautelosamente
as escadas pé ante pé para não cair enquanto lia as páginas do eu livro.
O dia era
escuro, frio, depressivo e tristonho, exatamente o tipo de clima em que costumo
escrever, mas a inspiração resolveu não atacar daquela vez.
Eis que
então, vindo provavelmente do limbo eterno de minha escola, um estraga-prazeres
surge para me contar o final da história que eu pacientemente aproveitava.
Se existe uma
coisa que não me agrada, é alguém que não se contenta em ficar calado quando
deveria fazê-lo.
Gritei,
pedindo por ajuda, mas quem quer que estivesse por perto não achou necessário
proteger-me de tão absurdo ultraje.
Raivosamente
fechei as páginas que trazia nas mãos, encarando Sr. Sem graça com olhar fatal.
Dei-lhe com a capa dura na cabeça, e fui embora, sem olhar para trás.
Depois do
acontecido, ninguém nunca mais tentou me fazer o mesmo, mas se por algum motivo
alguém pensar em cometê-lo, não hesito em repetir o feito.
Não sou
antipática, apenas não me conte o final. Obrigada!
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