sexta-feira, 3 de março de 2017

Beleza Americana, de Sam Mendes | Filmstart





Beleza Americana fez o nome de Sam Mendes em Hollywood, e não é por menos. O filme estrelado por Kevin Spacey é brilhante em toda a sua montagem, dos diálogos brilhantes as atuações contidas e excêntricas no ponto certo.
O longo conta a história dos últimos meses da vida de Lester Burnham, que resolve mudar seu estilo de vida por uma paixonite instantânea pela amiguinha de colégio de sua filha adolescente.
O filme é muito desconfortável, propositalmente. Até o fim toca na ferida de uma sociedade que é, hoje mais do que nunca, consumista e cheia de problemas. Ele te faz querer uma solução pra aquilo tudo. Mas não dá essa solução. Na verdade ele tira. O protagonista é morto no momento em que transcende a mesmice. Isso faz com que o espectador sinta angústia por essa mudança só ter acontecido pouco antes da morte. O que acaba refletindo na vida de quem assistiu e se angustiou. A pessoa não quer modificar seu modo de pensar pouco antes de morrer, ou morre sem ter transcendido. Passamos a querer mudar instantaneamente; viver de mesquinharias passa a não bastar; o que importa é a felicidade (mas isso um dia todos nós descobriremos, como diz o próprio Kevin Spacey). É um filme que toca onde quer, sem erro.

Editor do Canal Filmstart, parceiro da Sou+Cultura no facebook.
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